quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Cada vez mais...

"Sentimental eu sou eu sou demais
Eu sei que sou assim porque assim ele me faz
As músicas que eu vivo a cantar têm um sabor igual
Por isso é que se diz como ela é sentimental
Romântico é sonhar e eu sonho assim
Cantando essas canções para quem ama igual a mim
E quem achar alguém como eu achei
Verá que é natural
Ficar como eu fiquei
Cada vez mais sentimental"

Ensaio sobre a cegueira

"Se antes de cada ato nosso nos pudéssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuíndo, supõe-se que de forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluíndo aqueles, infindáveis, em que já cá não estamos para poder comprová-lo, para congratular-nos ou pedir perdão, aliás, há quem diga que isso é que é a imortalidade de que tanto se fala."

José Saramago

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Eu que aprenda a levantar...

Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim

Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí

Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Esperando...

Esperando, esperando, esperando...
Pensamentos...
Suposições...
Insônias...
Pesadelos...

Esperando, esperando, esperando...
Imaginando...
Planejando...
Risos...
Decisões...

Atitude.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Hoje

Realmente aconteceu?
Foi um sonho, um delírio, uma alucinação?
Ou será que realmente apareceu uma miragem perdida no meio do deserto?

O celular perdido a tarde toda.
O triângulo capilar.
O mal-estar.
A prova do dia seguinte.
A suposta rejeição na tela do computador.

O telefonema.
A praça.
A cortesia.
As novidades.
As perguntas.
O cachorro-quente.
A coca-cola quente.
A mesma praça.
Em pé.

O sorriso.
A alegria.
A pergunta.
A resposta.
O frio.
O carinho.
A voz.
O calor.
O perfume...

O suor.

Aconteceu mesmo, ou foi um sonho?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Desafio de início de ano

Lá está ele...
Tão próximo, tão acessível, e ao mesmo tempo tão distante, como se fosse outra pessoa. Como se tivessemos acabado de nos conhecer. O que será que falta para reconquistá-lo? Esse é um segredo que não se encontra nas revistas, nos livros, nos romances, nos conselhos de mãe, muito menos nos conselhos de amigas. Só dentro de mim. Só eu e ele sabemos o que se passa nas nossas cabeças tão confusas, tão pouco tradicionais, tão diferentes do mundo, tão diferentes uma da outra...
É como já dizia o Renato: "Por que esperar, se podemos começar tudo de novo agora mesmo(...) o sol nasce pra todos, só não sabe quem não quer."
Eu tinha uma meta: esperar dezesseis semanas, nenhum dia a mais nem a menos. A meta foi superada. E como por telepatia, como se já estivesse escrito, ele retornou à minha vida. Mas ainda é tudo muito novo, muito estranho. Eu sou muito ansiosa! Tenho medo de sufocá-lo. Quero vê-lo toda hora, não consigo me segurar...
Na verdade tudo isso é como um desafio para mim. Um desafio de início de ano. Recomeçar. Reconquistar. Da última vez que isso aconteceu eu me desencantei assim que consegui o que queria. Será que irá acontecer novamente? Bem, eu só espero, primeiramente, conseguir o que quero! Mas tem que ser com calma. Um passo de cada vez. Para chegar onde eu estou agora muitas barreiras tiveram de ser derrubadas. Muita calma, muita paciência. Ocupei minha mente com as coisas mais impensáveis. E consegui chegar longe. Mas ainda falta algo. Que eu conseguirei, mais cedo ou mais tarde. Muita calma nessa hora...

domingo, 4 de janeiro de 2009

Jogos

Fui para casa inconformada com a minha impaciência... mas será que não foi melhor? Me corroendo por dentro, louca pra te ver o mais rápido possível... que loucura é essa?! Que ímã é esse que nos atrái dessa forma. A noite toda (não foi muito tempo, mas pra mim durou uma eternidade) o joguinho... Você me rondando e eu te perseguindo com o olhar. Você olhava, eu fingia não estar nem aí e você se afastava... e eu me aproximava e você olhava, eu olhava de volta e você fingia não estar nem aí... Tinha algo mais ali. Eu estava com medo, e suponho que você se sentia da mesma forma. Era tudo muito estranho, muito confuso. Uma situação nova para nós dois...
Mas amanhã...

Cheiro criminoso

E de repente você falou: "e aew..." como se nós fossemos íntimos outra vez, como se nos falássemos todos os dias... Fiquei alguns segundos parada na frente do espelho, pensando se respondia ou não, querendo fazer charme, te deixar esperando... mas a ansiedade falou mais alto, afinal de contas, estava mesmo morrendo de saudades. Conversamos...
Mal podia esperar pra te ver de novo. Nossa, depois de tanto tempo acho que nem reconheceria mais. Adoeci de ansiedade, literalmente. Estava disposta a guardar aquele momento na frente do espelho só para mim, só para nós. Era o nosso segredo.
Dois dias depois, lá estava você, mais cheiroso e irresistível do que nunca. Congelei quando você me abraçou, quase não tive reação. O coração disparou e eu disfarcei, olhando para o chão, brincando com o isqueiro. Você se aproximava, eu congelava, você se afastava, eu me apavorava... Era demais para mim... "É muita areia pro meu caminhão!" era a primeira coisa que vinha na minha cabeça. E você com seus movimentos para lá e para cá, hiperativo como sempre, passava na minha frente, ficava me rondando e deixava no ar o rastro do perfume. Nossa, que perfume... É até um crime sair de casa tão cheiroso. Cheiro de abraço apertado, cheiro de beijo molhado... Que vontade de cheirar esse pescoço outra vez... Sentir essa respiração quente no meu rosto, escutar essa voz grossa e rouca no meu ouvido, dizendo coisas que só eu poderia ouvir, ninguém mais... Quase um crime sair de casa daquele jeito...
Eu estava prestes a entrar em pânico, queria pular em cima de você e te beijar até sufocar toda a saudade que eu sinto, toda a vontade louca de te sentir dentro de mim outra vez.
Amanhã, quem sabe...
E, aos poucos, Aurélia vai reconquistando Seixas...

Yes, I am. So what?

If we'd go again

All the way from the start

I would try to change

The things that killed our love

Your pride has built a wall, so strong

That I can't get through

Is there really no chance

To start once again

I'm loving you