segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Canção do amor demais


Quero chorar porque te amei demais
Quero morrer porque me deste a vida

Oh, meu amor, será que nunca hei de ter paz
Será que tudo que há em mim
Só quer sentir saudade

E já nem sei o que vai ser de mim
Tudo me diz que amar será meu fim

Que desespero traz o amor!
Eu nem sabia o que era o amor

Agora sei porque não sou feliz.


Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

sábado, 2 de outubro de 2010

Desabafo

Olha, chegou a hora de falar sério. Pra mim essa brincadeira já deu o que tinha que dar. Já chega. Tá na hora de você voltar pra mim. Chega de tanta infantilidade, de tanta vingança. Se todos se vingassem pela vingança que sofreram a humanidade se tornaria um eterno acerto de contas. Entreguei minhas armas, minhas fraquezas, meus sentimentos, meu íntimo. Não quero mais a guerra. Vamos celebrar o amor e esquecer todas essas mágoas. Se você até hoje não esqueceu minha vingança é porque ela deve ter sido muito cruel. Ou então, numa visão otimista, é porque você ainda gosta de mim... Independentemente da visão, esse sentimento de mágoa ou raiva tem que acabar... agora! Eu estou meio impaciente mesmo, peço até desculpas por isso, mas eu tenho que dizer isso... (to be continue)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Você tem que acreditar em mim

Meu bem
Meu bem
Você tem que acreditar em mim
Ninguém pode destruir assim
Um grande amor
Näo dê ouvidos à maldade alheia
E creia
Sua estupidez não lhe deixa ver que eu te amo
Meu bem
Meu bem
Use a inteligência uma vez só
Quantos idiotas vivem só
Sem ter amor
E você vai ficar também sozinha
E eu sei porque
Sua estupidez não lhe deixa ver que eu te amo
Quantas vezes eu tentei falar
Que no mundo não há mais lugar
Prá quem toma decisões na vida sem pensa
Conte ao menos até três
Se precisar conte outra vez
Mas pense outra vez
Meu bem
Meu bem
Meu bem
Eu te amo

Meu bem
Meu bem
Sua incompreensão já é demais
Nunca vi alguém tão incapaz
De compreender
Que o meu amor é bem maior que tudo
Que existe
Mas sua estupidez não lhe deixa ver
Que eu te amo

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Você não me ensinou a te esquecer

Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto

E nesse desespero em que eu me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Te peço

Fazia algum tempo que eu não te via, que a gente não conversava. Confesso que estava com saudades dos seus comentários inesperados, do seu jeito espontâneo e imprevisível de ser, do seu rosto no meu cangote, de tudo. Mas como já disse um sábio, desses que tem o dom de transcrever momentos e sentimentos, a vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito. Nossos bons momentos não são constantes e nunca serão. Vamos ser eternamente nômades nas nossas vidas e eu adoro a sensação de renovação que isso passa.

Percebi alguém se aproximando por trás de mim mas não senti a vibração que você sempre me passava e deduzi que não era você. Quando olhei de frente confirmei: realmente não era. Era outra pessoa. Uma pessoa que eu esperava nunca conhecer na vida. Olhos exaustos, aparência de quem não se deu descanço há dias e um ar de tristeza... Nos olhos, uma vontade louca de sair daquele lugar cheio de gente e se esconder por vergonha até de si mesmo. Falou comigo friamente, como se a pele já estivesse congelada o bastante para não sentir mais nada. Quem era essa pessoa tão deprimente? Como você pôde se permitir chegar a esse ponto? Como você foi emagrecer tanto e tão rápido? Você não está bem, dá pra ver nos seus olhos. Esses olhos perderam o brilho e a vontade de ver e viver... Me dói demais perceber que os teus olhos não enxergam mais tão bem e que você só os cega cada vez mais.

É uma tortura ver você desse jeito. E eu não me conformo em saber que não há nada que eu possa fazer para mudar essa situação. A mudança tem que partir de você. Tenho um afeto muito grande por você e perceber que você está praticamente definhando, piorando a cada dia que passa, me deixa numa tristeza enorme.

Por favor, se você ainda tem um pingo de amor próprio, se cuida.

Eu te amo demais pra aguentar te ver nesse estado.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Só tens agora os carinhos do motor

Dentro do carro
Sobre o trevo
A cem por hora, ó meu amor
Só tens agora os carinhos do motor

E no escritório em que eu trabalho
e fico rico, quanto mais eu multiplico
Diminui o meu amor

Em cada luz de mercúrio
vejo a luz do teu olhar
Passas praças, viadutos
Nem te lembras de voltar, de voltar, de voltar

No Corcovado, quem abre os braços sou eu
Copacabana, esta semana, o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel, o que é paixão

E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas
Em que foges do que é teu

No apartamento, oitavo andar
Abro a vidraça e grito, grito quando o carro passa
Teu infinito sou eu, sou eu, sou eu, sou eu

domingo, 13 de junho de 2010

Se eu fosse você eu voltava pra mim de novo

Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim
Um grande amor não se acaba assim
Feito espumas ao vento
Não é coisa de momento
Raiva passageira
Mania que dá e passa feito brincadeira
O amor deixa marcas que não dá pra apagar...

Sei que errei e estou aqui pra te pedir perdão
Cabeça doida, coração na mão
Desejo pegando fogo
Sem saber direito aonde ir e o que fazer
Eu não encontro uma palavra só pra te dizer
Mas se eu fosse você, amor, eu voltava pra mim de novo

E de uma coisa fique certa, amor
A porta vai estar sempre aberta, amor
O meu olhar vai dar uma festa, amor
Na hora que você voltar.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vivi

Vivi.
Momentos que nunca imaginei que pudessem me acontecer. Investiguei. Desbravei. Descobri. Me deslumbrei. Me iludi. Me decepcionei. Chorei. Chorei rios. Me enclausurei. Fui ao fundo do poço. Olhei pra cima. Me levantei. Me renovei. Me preparei. Me permiti.
Vivi.
Momentos e experiências que pensei que só aconteceriam nos meus sonhos baseados em filmes que assistia constantemente, a fim de abstrair sensações que sabia que nunca poderia sentir no meu medíocre mundo real. Vivi. Me permiti. Amei e fui amanda. Muitas vezes. Como uma droga de vício gradual, quanto mais amava mais queria amar. Mesmo sabendo que mais tarde poderiam haver consequências sérias, continuava amando, ingerindo essa droga que é o amor como água, como algo essencial à minha sobrevivência. Cheguei ao ponto em que o amor, simples amor, tradicional amor, já não me satisfazia mais. Queria algo mais forte. Sempre mais forte. Um vício. Um delírio. O paraíso. Não existia nada melhor do que amar. E quanto mais amava mais era amada, um verdadeiro ciclo vicioso. Me permiti.
Vivi.
Nunca tinha vivido meus sentimentos de forma tão intensa, tão recíproca, tão real. Consegui tudo que meu íntimo mais almejava e até o que o meu consciente não entendia. Não precisava relatar para ninguém o que acontecia comigo. Era um segredo muito íntimo. Um infinito íntimo. Mas o segredo começou a ser revelado. O mundo exterior passou a exigir detalhes do meu segredo, tão precioso segredo. Tentei ignorar, fugir. Mas chegou o temido momento. O momento em que o mundo exterior descobriu o meu vício e resolveu não me oferecer mais a droga, pensando no meu bem estar. Mal sabiam eles que depois de ter vivido tudo isso nunca mais poderia encontrar meu bem estar em outra coisa, senão no amor, a droga mais prazerosa e letal que o ser humano já provou. Diminuiram as doses, substituiram-nas por doses mais fracas a fim de me convencer a levar outro modo de vida, tomando uma dose diária por dia ao invés de duas. Mas não havia mais volta. Estava viciada naquele amor. Aquele amor incondicional, que ultrapassava todas as barreiras, todos os tabus, todas as regras, todas as tradições, todo o meu ser. E mais uma vez...
Vivi.
Me encontro hoje numa reabilitação forçada. As crises de abstinência são uma mistura de ciúmes, loucura, delírio, alucinação. Todos os dias penso nos momentos de amor que tive. Amei de todas as formas que poderia imaginar e fui amada como nunca pensei que fosse possível. Mas o amor me fez cair nas minhas próprias armadilhas. Estou me segurando para me controlar e receber alta por bom comportamento. Não é fácil. As recaídas são constantes e a reabilitação me dá um tratamento cada vez mais pesado quando isso acontece. Mas, com autocontrole e força de vontade eu consigo. Uma vez recebida a alta, tomarei uma super dose, única. Dessa vez, espero entrar numa viagem maior ainda. Sem volta.
Sei que posso morrer na reabilitação. Mas morrerei feliz, afinal de contas, posso dizer que, com todas as letras que...
Vivi...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nem desistir nem tentar

Eu que pensava que tudo era pra sempre. Eu que pensava que o amor jamais acabaria. Eu que pensava que era alegria demais mas que, enfim, eu merecia depois de tanto caminhar entre pedras e cactos. Eu que pensava que estava tudo ótimo e não teria como ficar melhor. Eu que direcionava minha vida baseada em cálculos matemáticos e que jamais meus cálculos teriam resultados negativos. Eu que pensava ter finalmente atingido o nirvana... Me encontro agora no mesmo lugar que comecei. Sem saber que o pra sempre sempre acaba...
Entretanto, como Hegel já dizia, não estou mais no mesmo lugar. Aparentemente voltei à estaca zero. A vida não é um círculo nem uma linha reta. A vida é um espiral. Esta, digamos assim, foi minha tese. Minha tese de agora, já que tive muitas outras teses anteriormente. Experimentei tudo que estava ao meu alcance até chegar a uma conclusão. O Amor não é uma palavra só, não é um conceito fechado. Ele é infinito em si mesmo. É uma mistura de vários sentimentos fortes. Ódio e vingança podem complementar o amor assim como amizade e lealdade. A união desses e de vários outros sentimentos, em diferentes doses pode resultar naquilo que chamamos de Amor. Com esse pensamento em mente chegarei à minha antítese em qualquer momento. Acho que cheguei a ela agora mesmo. Voltei ao mesmo lugar, mas tenho uma idéia diferente da realidade, meu terror subsequente. Cheguei a conclusão de que a incerteza pode me trazer mais certeza do que a própria certeza. Os momentos de incertezas são mais certos do que os incertos momentos de certeza. A felicidade está na incerteza e a infelicidade está na certeza. O conformismo, posso dizer agora, é o maior inimigo da Felicidade. Mesmo me considerando uma pessoa calma, com uma imensa paz de espírito, acho que a incerteza foi a responsável pelos meus melhores momentos de felicidade. Posteriormente, quando essa ressaca de sentimentos passar, chegarei a síntese, que é onde finalmente encontrarei o estado constitucional de cidadã livre, o estado em que encontrarei em mim mesma minhas normas e que elas próprias servirão de base para suas criações e revogações. Esse é o momento pelo qual esperarei ansiosamente. Posso considerar este o momento mais incerto da minha vida. E essa incerteza, por mais incerta que seja, me traz uma grande excitação e felicidade. O mais gratificante da vitória não é atingir a linha de chegada, mas ter superado os obstáculos do caminho.
Mudaram as estações, mas nada mudou. Quando penso em alguém (prefiro guardar pra mim)... e ai então estamos bem. Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está....
Nem desistir nem tentar, agora tanto faz, estamos indo de volta pra casa...

domingo, 18 de abril de 2010

Os Três Mal Amados

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos...
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

João Cabral de Melo Neto

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Crise existencial

O mundo resolveu conspirar contra mim?
Um copo de cerveja já me deixa bêbada? Pior, falando o que não deveria?
As pessoas resolveram dar as costas pra mim sempre na mesma hora? E na mesma hora também resolveram ser amáveis pra me deixar mais confusa ainda?
Será que é impossível seguir essa dieta?
Se minha mãe for embora, o que será de mim?
É melhor ter uma casa só minha ou dividir as despesas e afazeres com os outros?
E esse cabelo, o que eu faço com ele? É melhor loira aguada, ruiva louca ou morena comum?
Cadê o tempo, será que não sobrou nem um pouquinho pra mim?
O que eu quero mesmo da vida, será que nunca vou descobrir?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Hoje eu me sinto assim...

http://caminhosdecamila.blogspot.com/2010/03/nos-dois.html

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Até agora

Falta a voz
Falta chão
Não sei se meus olhos estão abertos ou fechados
Não sei se o tempo parou ou se fui eu que congelei
Quando você pensa que o mundo brigou com você
Ele acaba te surpreendendo mais ainda
Quando você tem uma noite de cão
O próximo dia pode ser o melhor da sua vida
Tô rindo pras paredes até agora...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Muito, muito, muito, muito

Stranger: Eu te amo muito, muito, muito, muito!!!

eu teria aguentado o "eu te amo", mas o "muito, muito, muito, muito" quebrou minhas pernas!

XD

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O último pôr-do-sol

A onda ainda quebra na praia,
Espumas se misturam com o vento.
No dia em que ocê foi embora,
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi
pensando nós dois.

Eu lembro a concha em seu ouvido,
Trazendo o barulho do mar na areia.
No dia em que ocê foi embora,
Eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
Por entre as ruínas de santa cruz lembrando nós dois

Os edifícios abandonados,
As estradas sem ninguém,
Óleo queimado, as vigas na areia,
A lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos,
Por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas

Pois no dia em que ocê foi embora,
Eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
O último homem no dia em que o sol morreu

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cadê?

cadê a tal da rotina?
cadê a preguiça de viver?
cadê as espinhas? (isso não me pertence mais)
cadê a vergonha na cara?
cadê os copos vazios que estavam na mesa?
cadê a camisinha? (achei...!)
cadê as falsas amigas?
cadê aquela sensação de que a vida nunca vai mudar e que eu vou morrer feia e só?
cadê o medo de envelhecer?
cadê o medo de me olhar no espelho, de subir na balança?
cadê a vontade de morrer com os olhos cheios d'água e a cara enfiada no travesseiro?
cadê a certeza de que nada na minha vida dá certo?
cadê a certeza de que não existe nenhum homem no mundo?
cadê o medo de ficar nua?
cadê o medo de nunca mais ter um orgasmo?
cadê o desgosto na hora de colocar uma roupa?
cadê o medo de ser feliz?

cadê aquela pessoa que eu conheci há algum tempo atrás?

acho que ficou pra trás...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sem sentido

Não me sinto bem
Perdi um litro de água transpirando na última hora
O almoço ainda não está pronto
Fome incontrolável
Medo de comer e passar mal
Celular descarregado
Frases sem nexo
De volta pra rotina
Não consigo dormir nem ficar acordada
Meu pé esquerdo está dormente não sei por quê
Já é dia, mas o céu ta nublado e parece o entardecer
As linhas do word fazem curvas pra mim
Quero piscar os olhos e resolver minha vida em dois segundos
Sempre me esqueço das mesmas coisas
Não sei nem o motivo de estar escrevendo isso...

Se ressaca matasse...

Impressionante, quando a gente ta de ressaca pesa tudo: a cabeça pesa, o corpo pesa, a barriga pesa,a responsabilidade pesa, os olhos pesam... não consigo nem terminar uma frase sem reticências... não consigo nem raciocinar direito... to até publicando uma postagem nesse blog não sei por quê...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Contrato de amizade, parte três

Amigos, amigos, amigos a parte. Somos só amigos, certo? Errado... Somos só velhos amantes, certo? Errado também... O que é que está acontecendo? Vamos botar tudo em pratos limpos, por favor! Sim, eu sinto ciúmes de vocês, que amiga não sentiria. Sim, eu sou um poço de ciúmes, claro que sou! Não, vocês não têm o direito de ter ciúmes, não têm o direito de fazer cena alguma. Só eu, só eu. Porque sim. E porque sim é resposta sim. Sim, eu tenho outros amigos. Tenho sim. Muitos outros. Os homens são mais fáceis de se lidar. A amizade dura mais. Minhas primas: todas homens. Somos amigas homens. E vocês não podem sentir ciúmes, não têm o direito. Agora, eu não admito que vocês me traiam com mais ninguém. Não admito que vocês tenham amigas por ai como eu, só eu sou essa amiga, entenderam? Eu sou possessiva, entendera? E só eu tenho o direito de ser assim, vocês não têm. É assim que as coisas funcionam por aqui e vocês já entraram sabendo disso. Sim, eu já tive algum relacionamento amoroso com meus amigos. Sim, significou muito pra mim. Sim, eu ainda gosto dele(s). Mas nós somos só amigos, entendeu? AMIGOS. Eu e vocês, eu e eles. Somos amigos. Não me trate como eu lhes trato, ouviram bem! Me trate como diz o contrato. Só eu posso lhes tratar como lhes trato, só eu e ninguém mais! Outra coisa... não podemos mais nos distrair como antes, senão estraga a amizade, vocês sabem. E concordaram (ou pelo menos fingiram que concordaram). Por hoje é só, contrato é contrato.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Jovem alcoolizada

É impressionante o poder que o álcool tem de inspirar jovens escritores. Há algumas horas eu não passava de uma reles sedentária. Mais uma no meio de tantos outros que só vivem de comida e controle remoto. Agora eu sou a nata da sociedade. Posso escrever sem sentir, sem olhar para o teclado, sem olhar para a tela. É só fechar os olhos que as palavras surgem. Claro que eu me sinto a melhor escritora da década já que o álcool não conserta os efeitos colaterais. Mas até que é bom. É fácil se acostumar com coisa boa, dizem as más línguas. Me sinto inspirada. Tudo é inspiração pra mim nesse momento. A cerveja boa demais, a batata frita pra acompanhar, a moça que não compareceu, a cerveja que sobrou, o seriado que ficou pro dia seguinte, a chegada em casa e a tv sempre sem tempo pra mim. Tudo normal mas pra mim, poesia, inspiração. Sinto como se minhas palavras fossem fazer a diferença na vida de alguém (até parece). Como se o meu toque de aprendiz fosse fazer a diferença pra algum aspirante a escritor. Como se ainda fosse segredo, meu sonho é ser uma escritora de sucesso, que escreve crônicas para um jornal e é lida por milhões de fãs fiéis. Assisti "Marley e eu" um dia desses e me emocionei mais com o sucesso do protagonista do que com a morte do cachorro. Ele fala sobre o dia dele, super chato e cheio de complicações, e ainda consegue a admiração do chefe e de inúmeros leitores. Meu sonho.
Por enquanto só me resta sonhar. Faço o curso de Direito numa faculdade renomada e nunca mais escrevi um texto na vida. Pra completar, mesmo nos meus melhores textos, nunca conseguia escrever uma conclusão que me agradasse. Damn!
Love u all, leitores imaginários!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Champagne

Acho que pela primeira vez em anos eu realmente "sinto" o ano novo. A sensação que dá é de renovação, de mudar a rotina, fazer um novo planejamento sempre repensando essa e aquela prioridade. Acordar um pouco mais cedo, malhar mais, correr mais, ir pra biblioteca depois do almoço e só chegar em casa lá pelas dez da noite. Comer menos e se enfeitar mais. Rir mais. Alto. Me beijar mais. comer menos. Celebrar mais. Com salgadinho e bolo de chocolate. Dançar mais. não temer o ridículo. Atuar mais. Ir ao teatro. Aprender teatro. Ir ao cinema. Aprender cinema. Começar o curso de francês (voltar à Paris). Pintar mais as unhas. Escrever mais. Conversar mais. Abraçar mais. Beijar bem mais. Luxuriar mais. Usar mais lingerie. Tirar mais a roupa. Demorar mais no banho. Preparar minha própria comida. Plantar mais... plantas. Cantar mais. Lamber mais. Lambuzar mais o abacaxi com mel. Brincar mais. Com brinquedos e com pessoas (pra quê levar a vida e as pessoas tão a sério?!). dirigir menos. Viajar muito mais. Rever as velhas e verdadeiras amigas de longa data tão lindas e queridas que sempre me lembro nos momentos mais felizes e gloriosos da minha vida como uma recordação preciosa. dormir menos. Enfeitar mais a casa. Me enfeitar. Enfeitar a mamãe. Enfeitar as primas. Enfeitar a cidade. Apreciar mais a beleza das coisas...

Há tanta beleza no mundo...

Depois de estourado o champagne o que me resta é colocar em prática o plano. Disciplina é liberdade, com já dizia o Rê.

Feliz dois mil e dez pra mim e pra minha gatinha que acabou de parir dois gatinhos lindos.

Contrato de amizade, parte dois

Isso sim é um amigo. Que quando diz que vai ligar, liga. Que quando diz que vai aparecer, aparece. Que quando diz: eu sou teu amigo, mente. Que quando vai dar um beijo de amigo, quer mais. Agora eu gostei da presença. Seja como amigo ou como o que quer que seja (e eu queira), tua presença me inspira. Ispira tudo. Me faz repensar, sei lá. Trás uma energia boa. Mas como eu já disse, somos amigos, e amigos sejamos!